Friday, April 14, 2006

Feliz Páscoa pra ti!



Serei, oh Pai, mais forte que o mundo,
mais forte que o ódio, nesse lugar.
Revelarei por estas chagas o meu espírito, o teu amor.
Pelas almas abandonadas, pelos pobres e sofridos,
Pelos pequenos e excluídos e por aqueles que me negam.

Para que os homens por mim amados,
Entendam todo este sofrer,
Que vem destas gotas o sangue da cruz,
Por todas almas será derramado sobre a terra,
A saciar a sede de almas,
De todas almas salvar,
E o que sinto ao me entregar...
Neste lugar...
Neste momento...
E espirar.

Não deixarei, oh Pai, a dor consumir as minhas forças, meu coração.
Tua vontade é o meu mistério, a minha paixão para amar.
As almas pecadoras, almas doces e frágeis.
Almas puras e justas e daqueles que me perseguem.


(Canto Sede de Almas, autor desconhecido pra mim)

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Uma Páscoa verdadeira para todos.
Que seja este o tempo propício para reavaliar, para reconsiderar, para reviver tanta coisa.

Shalom!

Sunday, April 09, 2006


...


...

Eu já sabia!

Resultado da enquete realizada pela Uzina representou a aposta de muitos e só confirmou a surpresa.

Quem vence o Gauchão 2006?
Internacional - 66,67%
Grêmio - 33,33%

Cor sim, cor não, a zebra virou tricolor! Pintem o Estado da cor que ele merece e comemore a vitória dos enferrujados sobre os diamantes.

Grêmio. Campeão Gaúcho 2006. Nada pode ser melhor!

Oportunidades

Ele estava contando um causo seu, dum dia do passado. Dançava a dois uma música gaúcha com uma amiga.

Deu mais duas sugadas na bomba do chimarrão e continuou:

- Então no meio da dança ela me olhou e disse que tinha vontade de me pedir uma coisa, mas que tinha vergonha... fiquei pensando, mas não disse nada. Logo depois, a música acabou.

Mais uma sugada. Um burburinho entre os membros da roda de chimarrão. Um certo desconforto tomou conta da galera. Todos queriam saber como a história terminava e o que o fato tinha a ver com ‘oportunidades que aparecessem na nossa vida’, assunto em pauta no momento.

O silêncio da expectativa dos ouvintes só foi interrompido pelo ronco da erva. No tiro do laço, como diria outra amiga do grupo, a cuia foi servida e passada ao próximo. E a história do amigo, pra satisfação de todos, continuou.

- Mais tarde, a menina e eu estávamos na rua e perguntei o que ela queria me dizer antes, na dança. Nada, ela respondeu. Disse que estava com vergonha e pronto. Na mesma hora que ela falou da vergonha, seus olhos olhavam os meus. Continuei olhando, olhando, e...

Foi não foi difícil de entender. O gesto de bater rapidamente as costas da mão direita na palma da mão esquerda, formando um xis, diz tudo. O beijo aconteceu.

- Viu? Isso é uma oportunidade e essas não devem ser despediçadas – orgulhou-se o amigo.

Na real, eu havia iniciado a convera, não lembro por onde. Defendi que é preciso cautela para falar em oportunidade perdida. Repeti o que ouvi de um outro amigo, dias atrás. Para ele – e agora pra mim tbm – uma oportunidade só é uma oportunidade em potencial se estamos preparados para vivê-la. Ou seja, uma oportunidade só será perdida se reconhecemos um fato como tal e optamos em não aproveitá-lo.

Explico. Muitas coisas acontecem conosco nos muitos dias de cada semana, de cada mês. Quase todas, em geral, são oportunidades para algo. O que acontece é que estamos preparados para algumas e não estamos para outras. Esta é a diferença.

Por fim, não há motivos para ressentimentos. Nem para se arrepender por aquilo que não se fez. Talvez não tenha feito pelo fato de aquilo não parecer para você uma oportunidade naquele momento. Aconteceu e passou. Só.

Não lembro bem como o assunto se esgotou. Lembro de um silêncio. Quem falava na hora fez uma pausa para sugar mais um pouco da água quente do chimarrão. E o papo sobre oportunidades parou por ali.

Ou não?

A gênese das coisas

Li a palavra gênese num texto
E gênese passou a existir a partir dali
E passei a usar gênese no que escrevo
E vejo gênese por tudo agora, por tudo.
Como se tivesse nascido – e se espalhado por aí
A gênese quando a conheci
Que outras coisas nascem pro mundo
Quando nascem pros nossos olhos?
Essa pergunta nasce aqui.